domingo, 29 de novembro de 2009

Calculadora de Alimentação Enteral


Através deste interessante link podemos calcular toda a quantidade diária de energia e alimentação de animais enfermos,de acordo com a doença e ração utilizada.Excelente e muito útil.Só acessar.
Cálculo de Alimentação Enteral

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Obstrução Ureteral

A obstrução ureteral é uma afecção que pode ter um caráter emergencial,com azotemia grave, ou pode transcorrer silenciosamente até que o rim contralateral sofra alguma injúria ou até mesmo uma outra obstrução.
Todos os felinos podem ser afetados,sem distinção de sexo ou idade,sendo que os siameses parecem ser mais predispostos.A etiologia é principalmente cálculos de oxalato de cálcio formados nos rins,que adentram ao lúmen ureteral,impedindo o fluxo normal da excreção renal.Além de cálculos,formações de "plugs inflamatórios" constituídos de restos celulares e componentes protéicos podem formar tampões no ureter acometido.Causas mais raras que também podem ser encontradas estão:compressões extra-luminais por orgãos ou massas abdominais,tecidos cicatriciais da parede ureteral,neoplasias uretéricas e vesicais, e transfixação iatrogênica dos ureteres em ovariohisterectomias.
Quando ocorre uma obstrução de um ureter,logo o rim correspondente aumenta de volume,devido ao edema,levando-o a uma hidronefrose.Dependendo da causa e da gravidade, a pressão tubular aumenta e a taxa de filtração glomerular neste pode chegar a níveis mínimos.Estima-se que 7 dias após à obstrução a função renal pode ser perdida em quase 30%,portanto quanto mais tempo sem resolução,pior o prognóstico do rim afetado.Se a obstrução for unilateral e o outro rim estiver normal,geralmente o curso passa desapercebido,entretanto, à palpação nota-se uma diferença no volume dos rins(síndrome do "rim grande" e "rim pequeno").
Tardiamente,o rim ipsiolateral entrará em processo de fibrose e atrofia,diminuindo o volume consideravelmente e o contralateral hipertrofiará,na tentativa de suprir a insuficiência do primeiro,invertendo a escala de tamanho e volume encontrado.
Em casos emergenciais,quando o rim contralateral já é insuficiente,ou até mesmo em casos de obstruções bilaterais, os sinais de azotemia são pronunciados:vômitos,úlceras urêmicas,halitose,grave desidratação,dor lombar,inapetência geral,hipotermia e até coma.Os exames de imagens são fundamentais,baseado neles podemos fechar o diagnóstico e acompanhar `a dissolução.A radiografia simples é bem útil,principalmente se a causa for cálculos de oxalato de cálcio,porém corremos o risco de não visualizarmos,se ele for muito pequeno ou devido à sobreposição de estruturas.A ultrasonografia vai depender muito da habilidade do operador,mas a própria diferença de tamanho dos rins é bastante sugestiva.Urografias excretoras dependem do controle da azotemia e também há casos em que a TFG é quase inexistente,contra-indicando o exame nestes casos.A tomografia é o mais confiável e sensível.
O tratamento deve se imediato,com fluidoterapia equilibrada e monitorada,principalmente em animais anúricos,a diálise quando possível deve ser instituída,dosagem e correção de potásio sérico,controle do vômito e alimentação enteral via sonda.Controle da dor com opióides e antiespasmódicos,devendo-se evitar às DAINES.Se a produção urinária e a hidratação mantiverem-se normais,inicia-se uma terapia diurética com manitol ou furosemida,sempre tendo o cuidado com os eletrólitos.
Relata-se que 20% dos casos podem ser resolvidos só com estes cuidados básicos.Dependendo do tamanho,o cálculo ou tampão é removido naturalmente para a bexiga.A intervenção cirúrgica é quase sempre necessária,se em 5 dias o quadro não se resolver,o tratamento é cirúrgico.
O importante é que pode-se prevenir o problema,através de exames periódicos em animais com histórico de urolitíase por oxalato de cálcio e em nefropatas,mantendo sempre o contato com seu veterinário.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Poliartrite por Mycoplasma gateae


Micoplasmas são habitantes normais do organismo felino,geralmente são encontrados na conjuntiva,trato respiratório superior e urogenital de animais sadios.Entretanto ,podem causar enfermidades perigosas quando instalados no trato respiratório inferior(pneumonias,piotórax) e na própria conjuntiva ocular(conjuntivite e ceratite).Casos de poliartrites são mais raros em felinos,sendo amplamente documentados em bovinos,ovinos e suínos.Porém,nos chamou à atenção dois casos atendidos recentemente,o que nos indica que não é tão incomum como parece.


As poliartrites são classificadas em erosivas ou não-erosivas, de acordo com as alterações articulares,visíveis principalmente por radiografias;e imunomediadas(lupus,artrite reumatóide) ou infecciosas,que podem ser viral(calicivírus) ou bacterianas.


A sintomatologia pode iniciar-se com um quadro respiratório(secreção pulmonar,dispnéia) ou dermatológico(abcessos e lesões pruriginosas),comumente ocorre em filhotes de até 10 meses,apresentando anorexia,hipertermia e dificuldade de locomoção,com dores e edemas nas áreas articulares,principalmente carpos e jarretes,e um aumento dos linfonodos correspondentes.A secreção sinovial geralmente fica espessa e purulenta,podendo fistular.Icterícia,anemia regenerativa,bilirrubinúria e proteinúria são comuns no decorrer do quadro,devido à capacidade do Micoplasma de acionar uma resposta auto-imune,ocasionando uma hemólise intra e extra-vascular,e deposição de complexos antígeno-anticorpos nos rins,causando uma glomerulonefrite aguda.


O diagnóstico é principalmente por isolamento do agente,através da cultura do líquido sinovial, em anaerobiose, ou PCR da secreção.Pode-se realizar um exame histológico da membrana sinovial para descartar outra doença inflamatória,como a artrite reumatóide.


A droga de escolha para o tratamento é a enrofloxacina,na dose convencional,por pelo menos 20 dias.O problema é que mesmo com a medicação o prognóstico é ruim,devido às complicações renais e hematológicas relatadas.








quarta-feira, 4 de novembro de 2009

OSH Minimamente Invasiva




Já é indiscutível a importância da castração de gatos jovens,machos ou fêmeas,precocemente.Associando-se a isto,as técnicas cirúrgicas devem ser rápidas e seguras para o paciente,diminuindo o tempo de anestesia e favorecendo à recuperação no pós-cirúrgico.


Atualmente o corte cirúrgico de uma ovariohisterectomia eletiva mede em média 1 a 1,2cm,não devendo ultrapassar a 1,5cm.A cicatrização é facilitada e sem transtornos para a fêmea.


Abaixo,um vídeo interessante,onde uma colega mostra sua habilidade e destreza.Não precisa ser tão rápido,mas a técnica deve ser seguida.Abraços!