Os termos “Síndrome Urológica Felina”(SUF) e “Doença do Trato Urinário Infe-
rior de Felinos”(DTUIF) têm sido usados para relatarem uma constelação de sinais clí-
nicos associados à micção difícil nos gatos,mas sem a identificação de uma causa sub-
jacente.
A maioria dos gatos com DTUIF sofrem de cistite interticial idiopática,mas uro-
litíases,más-formações anatômicas,distúrbios comportamentais,problemas neurológicos,
infecções bacterianas e neoplasias podem também ocorrer,embora mais raramente.Inde-
pendente da etiologia,os sinais clínicos são similares e incluem disúria,estrangúria,he –
matúria(macroscópica ou microscópica),polaciúria e periúria(micção em locais inapro –
priados).
Uropatia obstrutiva ou não-obstrutiva são conceitos que também podem ser utili –
zados para classificar a DTUIF.A obstrução uretral em fêmeas é rara,e muito comum
em gatos machos,mas acredita-se que a doença não-obstrutiva é tão comum em machos
como em fêmeas.O diâmetro da uretra e a frequência de uropatia obstrutiva não diferem
entre machos castrados e intactos.
Doenças do trato urinário inferior são comuns em animais confinados em ambien-
internos(indoor) e que vivem com outros gatos.Por isso,a influência de distúrbios com –
portamentais e interações com outros animais,no desenvolvimento da DTUIF,não po –
dem ser desprezadas.Muitos estudos associam a doença à fatores ambientais,como mudan-
ça na interação com proprietários,mudanças na rotina,alto número de contactantes em
recintos pequenos,viagens e deslocamentos recentes.
O peso corporal e a dieta também são fatores de risco para o felino.Gatos obesos e
sedentários possuem uma incidência maior de DTUIF,assim como aqueles cuja dieta é
baseada em rações secas e que ingerem pouca água.
A maioria dos animais afetados são apresentados na idade de 2 a 6 anos,e é inco-
mum em gatos com menos de 1 ano e superior a 10 anos.
O diagnóstico pode ser feito através de exames rotineiros como urinálise,cultura
urinária,radiografias simples ou contrastadas,ultra-sonografia ou até uroendoscopia,pa –
ra identificar a etiologia.As causas mais comumente encontradas são a cistite interticial
(55 a 69%) e urolitíase(13 a 28%).A infecção urinária só é encontrada em apenas cerca de 2% dos casos.
A importância em se buscar a etiologia é evitar as complicações,até mesmo iatro-
gênicas,e diminuir as recorrências,que podem ser altas,como cerca de 45% após 6 meses em gatos machos com obstrução urinária e até 39% após 1 ano em animais com uropatia
não-obstrutiva.
Muitos casos de DTUIF podem ser tratados com sucesso,usando-se cuidados pri-
mários como instituindo-se ou melhorando a hidratação,e o remanejo ambiental.Geral –
mente os sinais clínicos resolvem-se com 7 dias.Houvendo persistência dos sintomas ou recorrência em curtos períodos,deve-se avaliar o caso com exames complementare de i-
magem e urinálise ,enriquecer ainda mais o ambiente do paciente,diminuindo também
qualquer tipo de estresse e encorajá-lo à ingestão de água e alimentos úmidos.Depen –
dendo da etiologia,podemos lançar mão de anti-inflamatórios e analgésicos,terapia com
ferormônios,ansiolíticos e até glicosaminoglicanos.Antibióticos dificilmente serão ne –
cessários,visto que a infecção bacteriana do trato urinário em felinos é incomum,princi-
palmente em animais jovens.Estes,só serão recomendados quando diante de uma cultura
urinária bacteriana positiva.
Atualização FLUTD
Afecções Urinárias em Felinos
rior de Felinos”(DTUIF) têm sido usados para relatarem uma constelação de sinais clí-
nicos associados à micção difícil nos gatos,mas sem a identificação de uma causa sub-
jacente.
A maioria dos gatos com DTUIF sofrem de cistite interticial idiopática,mas uro-
litíases,más-formações anatômicas,distúrbios comportamentais,problemas neurológicos,
infecções bacterianas e neoplasias podem também ocorrer,embora mais raramente.Inde-
pendente da etiologia,os sinais clínicos são similares e incluem disúria,estrangúria,he –
matúria(macroscópica ou microscópica),polaciúria e periúria(micção em locais inapro –
priados).
Uropatia obstrutiva ou não-obstrutiva são conceitos que também podem ser utili –
zados para classificar a DTUIF.A obstrução uretral em fêmeas é rara,e muito comum
em gatos machos,mas acredita-se que a doença não-obstrutiva é tão comum em machos
como em fêmeas.O diâmetro da uretra e a frequência de uropatia obstrutiva não diferem
entre machos castrados e intactos.
Doenças do trato urinário inferior são comuns em animais confinados em ambien-
internos(indoor) e que vivem com outros gatos.Por isso,a influência de distúrbios com –
portamentais e interações com outros animais,no desenvolvimento da DTUIF,não po –
dem ser desprezadas.Muitos estudos associam a doença à fatores ambientais,como mudan-
ça na interação com proprietários,mudanças na rotina,alto número de contactantes em
recintos pequenos,viagens e deslocamentos recentes.
O peso corporal e a dieta também são fatores de risco para o felino.Gatos obesos e
sedentários possuem uma incidência maior de DTUIF,assim como aqueles cuja dieta é
baseada em rações secas e que ingerem pouca água.
A maioria dos animais afetados são apresentados na idade de 2 a 6 anos,e é inco-
mum em gatos com menos de 1 ano e superior a 10 anos.
O diagnóstico pode ser feito através de exames rotineiros como urinálise,cultura
urinária,radiografias simples ou contrastadas,ultra-sonografia ou até uroendoscopia,pa –
ra identificar a etiologia.As causas mais comumente encontradas são a cistite interticial
(55 a 69%) e urolitíase(13 a 28%).A infecção urinária só é encontrada em apenas cerca de 2% dos casos.
A importância em se buscar a etiologia é evitar as complicações,até mesmo iatro-
gênicas,e diminuir as recorrências,que podem ser altas,como cerca de 45% após 6 meses em gatos machos com obstrução urinária e até 39% após 1 ano em animais com uropatia
não-obstrutiva.
Muitos casos de DTUIF podem ser tratados com sucesso,usando-se cuidados pri-
mários como instituindo-se ou melhorando a hidratação,e o remanejo ambiental.Geral –
mente os sinais clínicos resolvem-se com 7 dias.Houvendo persistência dos sintomas ou recorrência em curtos períodos,deve-se avaliar o caso com exames complementare de i-
magem e urinálise ,enriquecer ainda mais o ambiente do paciente,diminuindo também
qualquer tipo de estresse e encorajá-lo à ingestão de água e alimentos úmidos.Depen –
dendo da etiologia,podemos lançar mão de anti-inflamatórios e analgésicos,terapia com
ferormônios,ansiolíticos e até glicosaminoglicanos.Antibióticos dificilmente serão ne –
cessários,visto que a infecção bacteriana do trato urinário em felinos é incomum,princi-
palmente em animais jovens.Estes,só serão recomendados quando diante de uma cultura
urinária bacteriana positiva.
Para download temos um trabalho excelente da Vet Clin Animal Practice,em inglês,e uma revista espanhola de uma abordagem muito boa.Dois materiais que se completam e nos educam.
Atualização FLUTD
Afecções Urinárias em Felinos
Como tá a sua casuística pra FLUTD? a minha caiu demais
ResponderExcluirAlice,aqui ainda têm demais!
ResponderExcluirReginaldo, parabéns, seu blog esta lindo!
ResponderExcluirObrigado!
ResponderExcluirolá. gostaria de saber o que faz a urina de gato ficar com um cheiro de podre. obgda.
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